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Os seis passos de transformação de seus desejos em ouro

Oi meninas, quem acompanha o Mulher Rica e está cadastrada na nossa newsletter, recebeu as dicas que compartilhei uns dias atrás sobre os passos ensinados por Napoleon Hill para alcançar seus objetivos financeiros. A repercussão foi incrível e hoje temos um guest post do Phillip Souza que vai fundo nessa questão. Ele explica detalhadamente cada um dos passos.

Tenho certeza que vai te ajudar ainda mais! Aproveite!!!

Os seis passos de transformação de seus desejos em ouro – uma breve visão pela neurociência e pela programação neurolinguística

Napoleon Hill foi um homem bem à frente de seu tempo. Durante mais de 20 anos entrevistou mais de 16.000 pessoas, dentre elas 500 milionários dos Estados Unidos naquela época, isso entre 1910 a 1930 aproximadamente. Posso afirmar que ele foi um homem brilhante, um gênio, porque, em uma época sem tecnologias tão avançadas quanto a época em que vivemos ele desvendou os segredos do sucesso com essa extensa pesquisa. Muitos consideram seus livros como publicações de autoajuda. Pensem o que quiser, mas, depois de aprender um pouco sobre neurociências e programação neurolinguística compreendi os porquês dos passos que mestre Hill descreve em seus livros, tanto no best seller “A Lei do Triunfo” quanto no seu também best seller “Quem Pensa Enriquece” (traduzido originalmente aqui no Brasil como “Pense e Enriqueça”).

Há alguns dias, na fan page do Mulher Rica, postaram os “seis passos que transformarão seus desejos em ouro”, descritos no capítulo sobre Desejo no “Quem Pensa Enriquece”. Nos comentários prometi que explicaria essas etapas com seus devidos porquês. Primeiro vamos relembrar os seis passos:

Passo 1: Fixe, em seu espírito, a quantia exata de dinheiro que deseja. Não é suficiente dizer apenas: “Quero bastante dinheiro”. Seja positivo quanto à quantia.

Passo 2: Determine, exatamente, o que pretende dar em retribuição pelo dinheiro que deseja. (Não existe o “algo de graça” como realidade)

Passo 3: Estabeleça uma data de quando pretende possuir o dinheiro que deseja.

Passo 4: Crie um plano para levar a cabo seu desejo e comece já, quer esteja pronto, quer não para pôr o plano em ação.

Passo 5: Escreva uma declaração clara e concisa da quantidade de dinheiro que pretende obter, fixe o limite de tempo para sua aquisição, estabeleça o que pretende dar em troca do dinheiro e descreva, claramente, o plano através do qual pretende acumulá-lo.

Passo 6: Leia sua declaração em voz alta, duas vezes por dia, uma vez antes de deitar-se à noite e outra após levantar-se pela manhã. Ao lê-la, veja, sinta e acredite-se já de posse do dinheiro.

Businesswoman using cell phone in office

O nosso cérebro é uma ferramenta maravilhosa que, para muitos, ainda é um terreno desconhecido. Na verdade ele vem sendo melhor entendido de uns 20 anos pra cá, especialmente após o ano de 1990, quando a neurociência começou a florescer. Nessa época exames de ressonância magnética funcional começaram a ser utilizados para sua compreensão: hoje se consegue enxergar exatamente como nosso cérebro é estimulado em diferentes partes. Tamanha é essa precisão que conseguem definir, através desses exames, como ocorrem as estimulações tanto elétricas quanto de fluxos de sangue dependendo do que acontece com a pessoa que é examinada. Ainda existe muita coisa para ser desvendada, é claro. Mas já sabemos de algumas coisas que, mesmo sem a total compreensão, é possível aplicar os ensinamentos de Napoleon Hill de maneira cientificamente comprovada.

Por volta de 1950, o dr. Paul D. MacLean definiu um modelo de cérebro (respeitado até hoje na comunidade científica), chamado modelo de Cérebro Triuno. Basicamente consiste em dividir o cérebro em três níveis:

  • A primeira camada cerebral trata-se do cérebro reptiliano (ou corpóreo), fica na base do cérebro e corresponde ao comportamento de sobrevivência de qualquer animal. Ali ficam destinadas funções como comer, reproduzir, ter abrigo, lutar… podemos pensar que é a estrutura cerebral que está relacionada à sobrevivência;

  • A segunda camada é o cérebro límbico, presente nos mamíferos: fica acima do cérebro reptiliano e suas funções correspondem ao processamento das emoções. Todas as emoções residem nas estruturas que pertencem à essa região. Raiva, paixão, excitação, ansiedade, felicidade… está tudo por ali (então nem adianta: não existe ser humano “totalmente racional”);

  • A terceira camada, presente em alguns mamíferos (a maioria primatas) e certamente nos seres humanos, é o neocórtex, o cérebro “pensante”. Essa é a parte que nos permite abstrair, projetar as coisas, planejar, calcular, fazer uso da linguagem.

Lógico que existem vários outros detalhes (não vou dar uma extensa aula sobre neurociências), mas, de forma bem sucinta, esses são os “três” cérebros que governam nossas vidas. O detalhe é que os dois primeiros são extremamente inconscientes e, por isso mesmo, poderosíssimos. Entre todos eles, existe uma estrutura de filamentos que permeia todo o cérebro, chamada SARA: Sistema Ativador Reticular Ascendente. O SARA é um filtro de percepção da nossa realidade. Essa estrutura é que determina tudo o que você vai perceber ao seu redor: pense na vez que você gostava ou queria muito um determinado veículo, de determinada cor, de determinado modelo, determinado ano e, de uma hora para outra, você SÓ via aquele veículo – parecia que a montadora só estava produzindo aquela marca e que teve uma explosão de vendas daquele tipo de veículo especificamente. Provavelmente não aconteceu isso: foi o seu SARA, devido à sua auto sugestão (opa: termo muito utilizado no livro de Napoleon Hill) que filtrou a sua realidade e estava apresentando aquilo que você estava focado. T. Harv Eker, autor de “Os Segredos da Mente Milionária” (também recomendo o ESTUDO) disse certa vez: “Aquilo que focalizamos se expande”. Agora você sabe como e porquê.

Continuemos.

Young woman enjoying flowers and nature

O primeiro passo diz que devemos definir EXATAMENTE a quantidade exata de dinheiro que queremos – e não devemos ser “modestos”. E o motivo é o próprio SARA: se você definir que quer R$ 1.000,00 vai conseguir apenas R$ 1.000,00. Se definir R$ 1.000.000,00, vai conseguir R$ 1.000.000,00. Já ouviu aquela frase: “se é para pensar, que pense grande”? Pois é… pensar pequeno ou pensar grande tem o mesmo esforço, acredite. Portanto, nosso filtro de percepção (SARA) vai começar a ser condicionado pela quantidade EXATA que definirmos. O inconsciente não aceita “apenas muito dinheiro”. Isso é abstrato e ele não aceita conceitos abstratos.

O segundo passo consiste em definir a troca, o que você fará para alcançar essa quantia definida. Lógico que bons imprevistos podem acontecer, mas eles pertencem ao mundo do futuro, das possibilidades (você pode ganhar na Mega Sena, mas, através da aposta mínima, sua chance é de 1 contra 50.000.000 de possibilidades – acho que é melhor definir outra coisa para “dar em troca”). Essa troca costuma ser através de trabalho: algum empreendimento, atividade profissional… não sei. Você quem tem que definir o que vai fazer para alcançar seu objetivo, que AÇÃO terá que tomar para caminhar em direção àquilo que deseja. Como costumam dizer um adágio estadunidense: “não existe almoço grátis” (There’s no such thing as a free lunch).

O terceiro passo consiste em definir uma data para alcançar esse objetivo. E aqui também tem motivo neurológico. Dos nossos três cérebros (reptiliano, límbico, neocórtex), quem cria o conceito de “tempo”? A ideia de tempo é criada pelo cérebro racional, o neocórtex. Qualquer outro mamífero não tem noção de tempo! É uma criação exclusiva nossa, dos seres humanos. Um cachorro não pensa: “vou esconder esse osso aqui porque vou sentir fome mais tarde”. Não! Ele faz por outros motivos, mas não pelo fator “tempo”, “planejamento”. Mas pera lá: porque definir uma data? Vou explicar isso mais adiante.

O quarto passo consiste em definir um plano para conseguir aquilo que se deseja. Essa ideia se mistura um pouco com o segundo passo. Você tem que saber o que fazer a partir daquilo que pretende dar em troca do dinheiro que deseja conseguir. Esmiúce o seu plano. Defina onde está e aonde quer chegar e, no meio disso, o que precisa fazer. Defina pequenos passos, transforme em tarefas, organize tudo e comece a executar.

O quinto passo é desenvolver uma declaração concisa, quase que um resumo daquilo que foi definido nos quatro primeiros passos. E aqui vou explicar a questão do tempo. Como disse, é o nosso neocórtex que define a noção de tempo, as questões de planejamento, aquilo que abstraímos, certo? Sabe como o cérebro límbico e o reptiliano tratam esse aspecto? Eles definem tudo como URGÊNCIA. A data, portanto, é para ativar seus cérebros reptiliano e límbico, através do neocórtex, a questão da urgência para completar a meta estabelecida. Esse sentido de urgência é fundamental para que você AJA, faça o que tiver que fazer de acordo com seu plano que já foi trabalhado anteriormente.

E o sexto e último passo é a mágica da vida: ler a declaração antes de dormir e ao acordar, VENDO-SE, SENTINDO-SE em posse do dinheiro. Os cérebros inferiores (inferiores em termos de posicionamento, não em termos de importância, ok?) são extremamente inconscientes, certo? E, praticamente, a maioria de nossas ações durante o dia são… inconscientes! Mas como influenciá-los? Com palavras? Não… não mesmo… palavras são só o caminho. A verdadeira influência vem através da única linguagem que nosso cérebro consegue perceber de fato: IMAGENS, SONS e SENSAÇÕES.

Jar of coins

Digamos que você vá à sorveteria e peça um sorvete de morango no copinho. Você vê o sorvete rosado, saboreia, sente o frio, o gosto do sorvete em sua boca; sente a textura do copinho em sua mão, da colherzinha; consegue, se parar para se observar, escutar até os sons que faz enquanto toma o sorvete. Isso tudo é impressão sensorial. Isso tudo mexe com seu cérebro. Mas onde quero chegar com essa conversa de sorvete, ainda mais nessa época de calor? No seguinte ponto: o seu cérebro NÃO SABE DISTINGUIR O QUE É REALIDADE DAQUILO QUE É SIMULADO, IMAGINAÇÃO. Faça o seguinte exercício: imagine um sorvete de coco, branco, emule a sensação de toque no copinho, do gosto do sorvete em sua boca, do frio, do barulho que você faz ao toma-lo – com um pouco de esforço você consegue reproduzir essas impressões (imagens, sons e sensações) em sua imaginação, não consegue? Então, por isso que é a mágica da vida: para seu cérebro, tanto faz se é “real de verdade” ou se é “real imaginário”. Ele reconhece como realidade – e ponto!

Ao fazer essa simulação mental com o dinheiro, imaginando como vai consegui-lo, como será quando consegui-lo, o que vai acontecer, o que você vai ESCUTAR (se você vai falar alguma coisa, se alguém vai dizer alguma coisa para você… não sei!), o que você vai VER (em que lugar estará, o que fará: acessando sua conta bancária, indo ao banco, ou estando noutro lugar qualquer?), o que você vai SENTIR (alívio, satisfação, alegria, orgulho?) quando ele estiver em sua posse fará com que você IMPRESSIONE seu inconsciente representado pelas estruturas cerebrais inferiores (límbico e reptiliano) e fará com que você entre em ação, esteja em estado de motivação positiva para consegui-lo.

Isso tudo mexe com a gente: as emoções nos move. Ao fazer esse procedimento você estará influenciando pouco a pouco seu SARA, ou seja: você vai começar a perceber oportunidades onde ainda não tinha percebido – oportunidades de fazer dinheiro! E acontece mesmo! Como isso tudo influencia suas emoções, sua sub-comunicação (linguagem corporal, tom de voz, disposição, aquele brilho que encontramos em algumas pessoas que estão fazendo sua vida acontecer), seu tom de voz (que transmite emoção), tudo vai transbordar em você! E, com isso, imprevistos positivos tendem a acontecer em sua vida: pessoas, circunstâncias, oportunidades simplesmente “aparecem”. Não estou preconizando uma vida cor-de-rosa sem desafios ou mesmo imprevistos ou fatos negativos, mas é impressionante como essa magnetização atrai coisas boas em nossas vidas. A “lei da atração”, no final das contas, não é nada mais nada menos que a influência deliberada de seu SARA.

“Ah… mas e porquê fazer esse exercício de manhã e à noite?” De manhã pelo fato de você influenciar mais um pouco seu SARA e direcionar sua atenção ao que realmente importa durante seu dia, para não perder o foco com relação ao seu objetivo. O ideal é que você “ore continuamente”: esteja com seu objetivo claro, sempre à vista ou sempre na mente. E porquê à noite? Porque é justamente quando você dorme que seu cérebro processa as informações e consolida determinadas conclusões daquilo que você vivenciou no dia: se você já o direciona, o estimula para focar naquilo que deseja, ele vai pegar esse “material sensorial”, trabalhar com ele, e influenciar mais fortemente as estruturas inconscientes de seu cérebro.

Bom… é isso tudo (na verdade tem muito mais) que acontece por trás da fórmula do mestre Napoleon Hill. Ele não sabia disso, claro. Mas soube definir bem o como fazer, aquilo que funcionava e funciona. Hoje, felizmente, conseguimos provar o porquê funciona.

Um detalhe importante a ser ressaltado que vai além do conceito do livro: você pode usar essa fórmula (e todas essas explicações que descrevi) PARA QUALQUER OBJETIVO QUE DESEJAR. O princípio é o mesmo, a forma é a mesma: o que muda é o objeto de desejo.

Espero que tenham gostado!

Phillip Souza,

Sócio-diretor executivo da Criterion (Facebook e site), Administrador Financeiro com MBA em Mercado de Capitais; Educador Financeiro ministrando diversas palestras e cursos sobre finanças pessoais e investimentos; Consultor em Finanças Pessoais com conhecimento e experiência no Mercado Financeiro e de Capitais; e autor do blog “Riquezas da Vida” que trata de diversos assuntos relacionados a comportamento financeiro, psicologia econômica, finanças pessoais e investimentos.

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