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O que você precisa saber sobre o Tesouro Direto

O tesouro direto tem se tornado cada vez mais popular nos últimos tempos. Taxas atrativas, risco baixo e facilidade de acesso são apenas algumas das vantagens que atraíram novos investidores para esta modalidade da renda fixa. Mas você sabe se está apto para começar a investir no Tesouro Direto? Sabe por onde começar e quais títulos escolher? Como funciona cada título? Veremos tudo isso a seguir.

Como começar

De acordo com o regulamento que consta no site do Tesouro Nacional, o Tesouro Direto é aberto para quem possui CPF, ou seja, para pessoas físicas. Para investir, também é necessário possuir conta num agente de custódia, seja ele um banco como o Bradesco, Itaú, etc, ou outra instituição financeira como as corretoras de valores.

Para escolher o melhor agente de custódia, leve em consideração as taxas que eles cobram e a segurança que eles oferecem. No site há uma lista com as instituições, as taxas que elas cobram, que variam de 0,0% a 2,0%, é informado ainda se a instituição permite aplicação programada e, se é um agente integrado, ou seja, se a compra dos títulos é feita de maneira sincronizada com o site do Tesouro Nacional. Para conferir tais detalhes, clique aqui.

Com isso, é possível transferir recursos para a plataforma do tesouro direto e começar a investir. Sendo que na primeira compra são criados login e senha referentes à plataforma do tesouro nacional, os quais servirão para ter acesso aos seus investimentos pelo site oficial.

No site oficial é possível observar que existem valores mínimos para os investimentos no tesouro direto. Esta quantia mínima está atrelada a duas regras: o valor deve ser a partir de R$30,00 e representar ao menos 1% do título. Nesta parte do site há uma tabela em que é possível verificar o valor mínimo para cada título. O limite máximo para aplicação, por CPF, é de um milhão por mês.

Entendendo os títulos disponíveis

Os títulos podem ser classificados entre pré e pós-fixados, de acordo com o que rege sua forma de rentabilidade.

Os prefixados são aqueles em que a rendimento está estabelecida no momento da compra. Ou seja, você sabe exatamente quanto o seu dinheiro vai render se deixá-lo lá até o dia do vencimento. Nesta modalidade, estão disponíveis atualmente os títulos prefixados para 2020, 2023 e para 2027, este último com juros semestrais (explicados a seguir).

Os títulos pós fixados são aqueles cuja rentabilidade está atrelada a algum indexador, como o IPCA (inflação) ou a Selic (taxa básica de juros da economia). Assim, a rentabilidade será uma taxa fixa predefinida na compra mais a variação do indexador. No caso do atrelado ao IPCA, há também a opção de títulos com juros semestrais.

Títulos com juros semestrais oferecem uma antecipação do rendimento a cada seis meses, o que não configura uma rentabilidade adicional, enquanto que os outros entregam todo o rendimento de uma só vez. É possível simular os valores que serão recebidos na aba do site com a calculadora.

Veja o quadro com o resumo:

Fonte: tesouro.fazenda.gov.br

Escolhendo o melhor título para você

Agora que já conhece os títulos, para escolher em qual aplicar, é necessário levar em conta os seus objetivos. Para reserva de oportunidade, o mais indicado é o tesouro Selic, visto que sua rentabilidade acompanha a variação da taxa Selic e possui baixa interferência em relação às condições de mercado.

Para objetivos de longo prazo, como aposentadoria ou liberdade financeira, os mais adequados são os títulos que acompanham a variação da inflação, que manterão o valor de compra do seu dinheiro para longos períodos.

Para outros objetivos de médio ou curto prazo, há os prefixados, que também são recomendados para pessoas com perfil mais conservador, que desejam saber exatamente quanto vão ganhar no dia do vencimento.

Rentabilidade

É importante estar atento às rentabilidades bruta e líquida. A rentabilidade bruta é a indicada no momento da compra, enquanto a líquida desconta as taxas envolvidas na aplicação. Basicamente são três taxas envolvidas, a taxa da corretora, que varia segundo a tabela citada na primeira parte do texto, a taxa da Bovespa, que é de 0,3% ao ano, com captação semestral, e a o imposto de renda, que varia de acordo com o tempo em que o seu dinheiro está rendendo, vide tabela abaixo. Há ainda o IOF, que aplicado quando você realiza o resgate antes dos primeiros trinta dias de aplicação.

É importante lembrar que a rentabilidade indicada na compra é garantida se o resgate do título for feito no dia do vencimento. Em caso de venda antecipada, o valor a ser recebido estará sujeito às variações de marcado do dia.

Pode-se acompanhar o rendimento dos seus títulos através do portal do Tesouro Nacional ou por meio da plataforma interna da sua corretora. Em caso de necessidade de resgate antecipado, deve-se solicitar a venda do título numa dessas plataformas. Já quando se deixa a quantia até o vencimento, há uma tempo de aproximadamente dois dias até que o valor esteja disponível na sua conta do agente de custódia. O tempo varia de acordo com o agente de custódia escolhido.

Por Taís Queiroz e Maiara Xavier