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- Posted: 27/02/2019
- Category: Organização
Gaste dinheiro onde você gasta a maior parte do tempo
Olá, Riqueza!
Li, recentemente, o artigo Spend Money Where You Spend The Most Time, escrito por Eric Ravenscraft e publicado no New York Times, e resolvi trazer um resumo de suas palavras aqui, porque achei super pertinente a ideia do “gaste seu dinheiro onde você gasta a maior parte do tempo”. É um conceito simples, mas que nem sempre a gente analisa na hora de tomar alguma decisão de consumo. Bom, sem mais enrolação, vamos conversar melhor sobre isso.
Direcione seu dinheiro para onde você direciona seu tempo
Não sei você, riqueza, mas quando vou comprar uma roupa, analiso muito a versatilidade dela. Ou seja, ela pode ser usada tanto para ir a um evento, quanto para gravar um vídeo, comer fora, etc. Penso muito em minha rotina, quais são os espaços que mais frequento e se ela será adequada para a maioria deles.
Essa é uma prática mais comum quando precisamos comprar algo caro, porque queremos destinar nosso dinheiro de forma correta, sem arrependimentos. Porém, essa tática pode ser utilizada com decisões de consumo mais “banais”. Não é porque a compra é “barata” que ela vale a pena. Ou, então, não adianta comprar algo de muita qualidade (investir mais dinheiro), se a frequência de uso for baixa.
É aí que entra a técnica do preço por hora , mencionada pelo Eric no artigo. Em linhas gerais, ele conta que comprou um jogo de U$60,00 e uma cadeira U$ 160,00 para trabalhar (ele trabalha de casa). Das duas decisões de consumo, uma ele queria para diversão e outra para trabalho – ambas causas nobres! Porém, ele percebeu que o preço por hora da cadeira se tornou muito mais barato do que o do jogo, apesar dos valores inteiros não mostrarem isso. Olha só:
“Joguei o jogo cerca de doze vezes – às vezes sozinho, às vezes com amigos – por cerca de uma a duas horas de cada vez. Um total de 20 horas. Como o jogo custa U$ 60, isso significa que eu pago cerca de U$ 3 por hora de diversão. Isso não é ruim! É mais barato que um ingresso para um cinema, de qualquer forma.
No entanto, eu passei pelo menos oito horas por dia, cinco dias por semana na cadeira (eu trabalho em casa). Em apenas três meses, isso somava 480 horas na cadeira. Como a cadeira custa U$ 160, paguei apenas U$ 0,33 por hora sentada. Depois de um ano, isso seria reduzido a cerca de U$ 0,08 por hora. Para obter a mesma relação custo-benefício do Super Mario Party, eu teria que jogar por mais de 750 horas.
Gastar dinheiro em uma cadeira confortável com um bom suporte de postura, em vez de um videogame, soa como o tipo de conselhos que você recebe de um dos pais, mas no meu caso, isso está diretamente relacionado à quantidade de tempo que passei em ambos. Se você gastar menos de uma hora por dia em sua mesa de computador em casa, mas tiver afundado algumas centenas de horas em um videogame, talvez faça mais sentido comprar o jogo. Pode até justificar a compra do jogo várias vezes. “
Tempo e praticidade
Outra coisa legal que ele fala no texto é sobre as decisões de consumo feitas para lhe “garantir mais tempo”. Um exemplo que ele dá é sobre utensílios de cozinha, que você usa poucas horas no dia, mas precisa usar. Nesse caso, investir em praticidade pode ser a melhor opção, porque você gasta menos tempo cozinhando.
Enfim, obviamente, que isso não precisa ser a regra absoluta da sua vida, riqueza. É possível se programar para comprar algo que não terá uma vida útil muito longa. Mas pensar na relação dinheiro x tempo, que nada mais é do que uma forma de analisar o custo-benefício, é uma possibilidade muito boa se você quer economizar esse ano.
O que achou dessa técnica de consumo?