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Posted: 02/03/2021
Category: Blog, Finanças comportamentais

Síndrome do impostor – o que é e como vencer

Saiba aqui o que é a síndrome do impostor e dicas para vencê-la

Olá, Riqueza!

Começou Março, o mês da mulher. E não tinha momento melhor para anunciar a mudança de posicionamento da empresa. Caso você não tenha visto, eu postei esse vídeo aqui no Instagram para explicar. Por isso, aqui no blog, vamos começar com um assunto que acomete muitas mulheres: síndrome do impostor.

Então, nesse artigo de hoje você vai ler sobre:

O que é essa síndrome e porquê as mulheres são mais propensas a desenvolvê-la;
Teste para saber o quanto ela é presente na sua vida;
Quais são as consequências dela na rotina;
Estratégias práticas para vencê-la;

Bora lá, mulher, trabalhar para mudar isso de uma vez por todas?

Sentimento de fraude em mulheres

Vamos imaginar que você aprendeu uma estratégia incrível de vendas para começar a fazer dinheiro. Você tem tudo que é necessário para aplicar: conhecimento, mão de obra, ferramentas. Mas o sentimento é de que ainda falta alguma coisa.

Você ainda não está pronta, há muito o que aprender. E se iniciar agora, as pessoas irão descobrir que você não sabe tudo.Vão desmascará-la! Logo, a decisão mais correta é esperar e se preparar melhor.

Então, se identificou? Pois esse sentimento de fraude é a marca característica do que as psicólogas Suzane Imes e Pauline Rose Clance descreveram como Síndrome do Impostor em 1970.

Nas mulheres, essa síndrome ainda é mais acentuada pelo fato de precisarmos sempre provar excelência em cada parte da vida. Caso não sejamos excelentes, o julgamento é maior. Logo, o sentimento feminino é marcado pela dúvida, autocobrança e angústia.

Teste da Síndrome do Impostor

A psicóloga Pauline Rose Clance desenvolveu um teste de autoavaliação para que as pessoas possam identificar a Síndrome do Impostor. Como ele está em inglês, eu vou trazer algumas das perguntas que ela faz aqui.

A ideia é que responda quão verdadeira a afirmação é para você.

Portanto, ela sugere que, a cada item, você diga a frequência com a qual cada situação acontece na sua vida. Por exemplo:

Nunca;
Raramente;
Às vezes;
Frequentemente;
Sempre

Vamos lá. Com que frequência:

Tive sucesso em algo mesmo com a impressão de que não conseguiria ter antes de ver o resultado?
Posso dar a impressão de que sou mais competente do que realmente sou?
Evito avaliações quando possível, e tenho temor quando outros me avaliam?
Quando as pessoas me elogiam por algo que consegui, tenho medo de não ser capaz de suprir as expectativas delas sobre mim no futuro?
Acho que minhas conquistas e minha posição atual são só frutos de sorte?
Tenho medo de pessoas que são importantes para mim descobrirem que não sou tão capaz quanto elas pensam que sou?
Lembro mais das situações onde eu não dei o meu melhor, ao invés daquelas onde dei.
Realizo uma tarefa tão bem quanto eu gostaria?
Sinto que os meus sucessos e conquistas na vida e no trabalho foram resultado de algum erro?
É difícil para mim aceitar elogios sobre minha inteligência ou conquistas?
Fico com medo de descobrirem quanto conhecimento e habilidade ainda me falta?
Quando tenho sucesso em algo e sou elogiada por isso, temo não conseguir repetir esse sucesso?
Comparo-me a outras pessoas ao meu redor e sempre acho que eles são mais inteligentes do que eu?

Agora, Riqueza, faça a sua auto análise e atente-se ao resultado. Se essas situações forem frequentes na sua vida, então, está diagnosticada com a síndrome.

Quais as consequências da Síndrome Do Impostor

Bom, como você pôde perceber pelas perguntas da psicóloga, esse comportamento faz com que tenhamos que colocar 2x mais esforço em algo para nos sentirmos minimamente bem.

Logo, tarefas simples ganham mais complicações à medida que a autocobrança pelo perfeccionismo existe. Caso elas não fiquem perfeitas, você se sentirá mal. Se algo der errado, você irá se martirizar.

Já que as tarefas deixam de ser simplificadas e otimizadas, você procrastina mais para realizá-las. E, ao procrastinar, fica frustrada por não dar conta de conciliar todas as áreas da sua vida à maneira como gostaria.

Percebe como é um ciclo vicioso que se inicia da insegurança e auto sabotagem e chega na frustração pela ausência de pequenas conquistas?

E mesmo quando há histórico de realizações, você não as enxerga com o carinho necessário. Seu foco está sempre direcionado ao negativo.

Estratégias práticas para quebrar o ciclo da síndrome

Bem, há algumas possibilidades de lidar com a síndrome do impostor.

Pote das conquistas e elogios

No final de 2019, eu ganhei um pote das conquistas feito pela Maria aqui da Rica. Nele, eu guardo todas as conquistas que tive no ano em todas as áreas da minha vida. Ele me ajudou a potencializar meu lado positivo.

Outra ideia é começar a criar um catálogo de elogios que recebe. Assim, quando vier o sentimento de dúvida, resgate os apontamentos positivos que já fizeram a você. Visualize o trabalho responsável por determinado elogio, lembre de como foi o seu processo.

Crie uma rede de apoio

Faça uma lista das pessoas em quem você mais confia na vida e comece a estabelecer uma rede de apoio com elas. Um dos áudios que mandei na comunidade do Telegram foi sobre a necessidade de amigos.

Porque, às vezes, a gente só precisa de um olhar de fora para entender que está tudo bem.

Ademais, não ache que está sozinha nessa. A síndrome do impostor é mais comum do que se pensa. Em algum grau, todas sofrem com isso. Portanto, se abrir e permitir que outras se abram com você vai colaborar demais na administração disso..

Mude a forma como você se comunica

Você é o tipo de mulher que inicia uma conversa já com desculpas por algo que não necessitava? Comece a reparar se a maneira como se comunica entrega o peso da culpa que sente.

Isso a coloca em uma posição inferior ao outro. Você mesmo se inferioriza ao se desculpar sem ter feito nada de errado. Da mesma forma quando diz “não sei se consigo”, “eu vou tentar”, “quero fazer, mas…”.

Eu já escrevi sobre o poder da Programação Neurolinguística aqui no blog, dê uma lida aqui para entender melhor do que se trata. Ela é fundamental para mudar certos padrões de comportamento.